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Dilúvio
Dilúvio
A natureza não pede socorro, se vinga. (Joelmir Beting)
Um cavalo pastava mansamente na várzea, como fazem os bons cavalos. Ele não sabia, ou sabia? Que algo estava para acontecer. Ele continuava a pastar, os cavalos pastam até que seu tutor venha buscá-lo para alguma tarefa.... Puxar charrete, por exemplo, ou cavalgar com o patrão? Buscar uma boiada? Ele não sabia o que viria a fazer. Tempos difíceis viriam. Ah, ele era chamado Marrom pelo pêlo que ostentava. Assim, sua vida corria rotineiramente, como corre para bons cavalos. Aí, começou a chover, e choveu dias e dias... muita chuva no mundo de Deus. Ele não se incomodou: Chuvas vão e vêm, mas esta era diferente, não era um chuvisco, era diluvial, mesmo. A chuva cresceu o córrego, o carregou e o desgraçou no rio. O rio subiu que subiu. O rio já era mar e, na várzea pegou Marrom. Ele se foi com as águas daquele mar. Enquanto pôde, nadou, depois entregou-se cansado. deixou-se ir para os confins deste mundo d’água. Mas não era seu fim, o destino interviu: as águas levaram-no à cidade grande e na cidade, outrora Alegre agora, estava triste com o dilúvio. As águas tiveram dó do animal e o depositaram no telhado de uma casa, submersa; e, lá ele ficou inerte, inanimado, traumatizado. O cavalo parecia Kung Fu meditando. Alguém o viu, alguém o mostrou na TV. Juntaram gentes e, o doparam; dopado já estava ele de susto e medo. Numa balsa foi jogado e salvo. Mudaram seu nome de Marrom para Valente e depois para Caramelo. Ele está feliz, a humanidade o salvou.
Comentários
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Símbolo de uma catástrofe
ResponderExcluirMuito bom texto! Parabéns!
ResponderExcluirPoderá a humanidade salvar-se?
ResponderExcluirSerá que a humanidade se salva?
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