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Destaques

DEMONOLOGIA na visão dos ciganos

 DEMONOLOGIA na visão dos ciganos  Vamos abordar um assunto que até então estávamos deixando de fora, porque pensávamos que outros já o estudaram quase à exaustão. Porém, ao lermos estes tópicos no livro de Jean-Paul Clébert, in The Gypsies , constatamos que o tema citado era abordado antes, por outros, fracamente, superficialmente; decidimos por aqui, não nossa opinião, mas a de Clébert, porque ele é muito bom autor e deve ser considerado entre os melhores, em ciganologia. Ele, humildemente, pede licença, à página 145, para transcrever outro autor. Dr. Maxim Bing e nós fazemos o mesmo, portanto, o que se segue não é de nossa lavra, mas dos ciganólogos citados. Os erros e omissões ficam debitados a nossa dificuldade em traduzir castiçamente, para o português, a língua inglesa. Aos que quiserem conferir é só comprar o livro The Gypsies de Jean-Paul Clébert, Vista Books, London, 1973 e ler os títulos pertinentes. DEMONOLOGY (p. 145-147) Em tempos distantes, muito distantes, os ...

AS CECÍLIAS, SANTA CECÍLIA E E U

 AS CECÍLIAS,  SANTA CECÍLIA  E  E U



Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna”.

DEDICADO AO ICC E ÀQUELES (AS) QUE, EM RESPEITO À TRADIÇÃO E HISTÓRIA, REPUSERAM SANTA CECÍLIA (ÍCONE), NO DEVIDO LUGAR E RENOMEARAM O HOSPITAL SANTA CECÍLIA



– Busca rompante! 

Com esta fala bizarra eu e meus irmãos corríamos em direção à janela para ver o trem de ferro passar. Eu tinha seis para sete anos e já sabia ler um pouco. Estava sendo alfabetizado na escola de dona Cecília Nogueira, cursando o terceiro ano primário. A vida descortinava-se para mim. Eu olhava o trem como se fosse uma cobra gigante. Talvez carregasse mais de setenta vagões, na verdade não os contava, mas lia as letras garrafais em cada vagão: CASA DE PEDRA. Eu dava asas ao pensamento e imaginava/lucubrava: “Como seria uma casa de pedra”.

Informo que mudáramos recentemente para um sítio de nome Chalé, no arraial de Chapéu D’Uvas, perto da ferrovia, talvez a quinhentos metros ou menos. Vindos da roça, éramos capiaus mesmo, sem dúvida: tabareis. Nunca havíamos visto um trem de ferro, só conhecíamos carro de bois, chinchinante morro acima: Tá pesado, pesado... Daí, “busca rompante” nos dava o trem.

E O TEMPO PASSOU...

E ao correr da minha vida, quantas Cecílias eu conheci?

Minha primeira namoradinha: Cecília;

Minha tia, Cecília me dava palmadas;

Minha priminha, Cecília, melhor Cicilinha, doce amiga;

Euterpe1 de Santa Cecília, de meu tio Agostinho Aquino de Almeida.


Aconteceu que nos vaivéns da vida, mudei para Volta Redonda, onde há uma grande siderúrgica: a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Descobri que aqueles vagões, da minha infância, vinham de Lafaiete, para ser mais preciso, de Casa de Pedra, destino CSN; todos carregados de minério de ferro, para os altos-fornos da Companhia.

Fui admitido na empresa em janeiro de 1955 (aos 21 anos) e saí encanecido para aposentar-me, em outubro de 1987. Uma vida no emprego da minha vida, dedicada à empresa. Meu único trabalho foi na amada CSN, onde fiz carreira de servente a presidente de uma de suas subsidiárias: Emissão e Planejamento de Seguros EPLAN. Glória a Deus! que me deu cargo tão importante. Mas eu falava de Cecília... Pois é!

Em Volta Redonda, o padroeiro da cidade é Santo Antônio, seu templo fica no bairro Niterói, porém a santa protetora da CSN e de seus trabalhadores é Santa Cecília2. Sua igreja fica num outeiro, encarando a Vila Santa Cecília e as instalações industriais da Companhia, protegendo todos nós, bem como a Empresa. Sob a égide de Santa Cecília, éramos felizes e sabíamos, e a CSN era nossa segunda mãe.

    a) Sou religioso, quando morei no bairro Bela Vista, assisti a muitas missas na Igreja de Santa Cecília, oficiadas alternadamente pelos padres Bernardo Thus, Arnaldo, Paulo Welker, Ernesto e outros, ocultos nas brumas da memória. Meus filhos tomaram a primeira comunhão na Igreja de Santa Cecília, depois de instruídos pela catequista, amiga Consuelo. Tempo, tempo, tempo... saudade, saudade. Atrás da Igreja, fica o Teatro Santa Cecília (1955), o Centro Social Santa Cecília, o salão de festas... Santa Cecília... e a Escola Santa Cecília. Existiu também o Grupo Escolar Fazenda Santa Cecília em 1966. A CSN Construiu e patrocinou o Conservatório de Música Santa Cecília desde 1976.

Outrora, havia a Fábrica de Macarrão Santa Cecília, perto do Posto JK. Não menos importante: o Cinema Santa Cecília, (Poeirinha), sito na rua 33, esquina com a rua 40 e fechado em novembro de 1976. No local, nos dias de hoje, erguem-se as torres I, II, III, e IV. Ainda temos o Clube Náutico e Recreativo Santa Cecília. E, na Volta Redonda antiga cito o Mercado Santa Cecília, descaracterizado totalmente. Existiu, também, nos idos de 1950 o Santa Cecília F. C. Paro para respirar.

Não posso, nem quero esquecer a fazenda Santa Cecília (muito importante no Ciclo do Café), desapropriada para que, nas suas terras, fosse construída a maior Usina Siderúrgica da América Latina: CSN. O nome da fazenda, provavelmente é homenagem a Cecília de Moraes Monteiro de Barros (devota de Santa Cecília), e mulher do comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros3. 

Registro que uma Sociedade de Laticínios Santa Cecília Ltda., foi criada em 1925, funcionando no local onde existia um antigo engenho de açúcar em 1903 (Bairro Jd. Paraíba). Hoje, no local da antiga construção, só restou a chaminé, que foi também parte de uma olaria. Onde estará o time de futebol: Grêmio de Santa Cecília? Por fim, e não menos importante registramos: O Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá (antiga Fazenda Santa Cecília do Ingá), adquirido em 1955, pela Prefeitura de Volta Redonda.

A família siderúrgica passeava na Fazenda Santa Cecília e ia até à cascata refrescar em dias caniculares. 13 de agosto de 1966 – Inaugurada no final da Rua 35 (Rua ao lado da ETPC) Grupo Escolar Fazenda Santa Cecília, hoje extinto. O 1o  prédio na Vila chamou-se Santa Cecília. Esta devoção acabou após a privatização da CSN. Tempos “bicudos” vieram: o dono da CSN comprou a empresa, ganhou uma cidade e fechou com arame farpado a estrada de acesso à cachoeira. Perguntar não ofende: Por que a CSN virou as costas para a cidade? 

O Hospital Santa Cecília (HSC), mantido pela CSN cuidava de todos os empregados e seus dependentes, gratuitamente. Bons tempos, maravilhosos tempos que se foram. Após a privatização, o HSC foi rebatizado: Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional (HSN); depois, Hospital Vita. No imbróglio CSNxVita, chegou-se a cogitar  o nome Hospital das Clínicas Santa Cecília, contudo, prevaleceu a razão social Hospital das Clínicas de Volta Redonda (HC) e não mais faz misericórdia. 

Definhou, esvaiu a missão social da Empresa CSN. Tudo é cobrado. Acabou-se o que era doce... Não há bem que sempre dure.

Santa Cecília é soberana do povo de Volta Redonda. Certo?

Ao lado do pronto atendimento do Hospital na rua 162, havia o ícone de Santa Cecília, em um oratório, eu tinha por ele grande respeito e devoção. 

Há dias demoliram a ermida. Nela, o povo fazia preces, acendia velas e pedia graça: “Pai, Filho, Espírito Santo, ajudai-me!”. Crentes de todas as denominações religiosas, em momentos de grande desespero, rezavam/oravam à Santa Cecília, pedindo mercê. Da janela do meu quarto dava para ver a edícula da Santa. Certa feita, a esposa de um amigo rezou lá, pedindo um milagre para o marido, vítima de câncer. O milagre não se deu. Nem sempre merecemos, ou, talvez seja hora de ir para a pátria espiritual. Só Deus sabe...

De repente, cadê o oratório? Parece que findou o local de exprimir nossa religiosidade e espiritualidade. 

Só restou um buraco onde estava o pequeno altar. – Uma ferida no muro de pedra, massa quebrada e pó. 

E sumiu o ícone da Santa. Para onde? Para quê? Por quê? Quem foi?

Santa Cecília, ainda que desaparecida ou perdida, esteve, está e estará sempre presente em minha vida... 

Meus filhos nasceram no HSC e, perdem-se na noite dos tempos as vezes que nele consultei, bem como meus familiares.

Hosanas! Salve! Salve! Glória a Deus! Santa Cecília, de novo padroeira do Hospital CSN. Hoje, 30 de maio de 2020, tive imensa alegria ao ler na parede do Pronto Atendimento à rua 162: Hospital Santa Cecília (HSC). O mundo deu muitas voltas... O HSC voltou.

Nota: Assunção formal do Hospital (HSC) 1/6/2020.

 

Cecília, empresta-me tua doce melodia:

Desejo converter todos os corações a Jesus!

Gostaria também de imolar minha vida,

ofertando a Jesus meus prantos e meu sangue...

Dá-me saborear, nesta terra estrangeira,

o perfeito abandono, doce fruto do amor.

Dá-me, santa querida, a graça de voar

para longe desta terra em revoada sem volta!


28 de abril de 1894

(Obras completas de Santa Teresa do Menino Jesus)



Longa vida ao Hospital Santa Cecília!

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Em passant, citamos a Barragem Santa Cecília, em Barra do Piraí para captação das águas do Rio Paraíba.


Citamos ainda, a Associação Recreativa Santa Cecília Arrozalense.

Como se lê, Santa Cecilia protege muito além das terras volta-redondenses.

Última hora! Glória a Deus! Salve, salve! Santa Cecília, nesta data gloriosa (1/6/2021), voltou para o oratório, local de onde nunca deveria ter saído. 

Centenas de casas comerciais, em VR, são Santa Cecília.

Encerrando com o suculento leitão assado à moda Santa Cecília, no Hotel Bela Vista, sob vigilância de Gaspar Castelnuovo, garde manger (idos de 40/55).


Antigo Hospital Santa Cecília, no Jardim Paraíba, em Volta Redonda, 1942.


Paróquia de Santa Cecília – Volta redonda, RJ.


Fazenda Santa Cecília


Hospital da CSN, inaugurado por Getúlio Vargas em 1 de maio de 1953.



Euterpe de Santa Cecília, criada por Agostinho A. Almeida, meu tio, em Penido/ MG




homenagem a todos antigos funcionários do Hospital da CSN:  HSC/DPH

Médicos, dentistas, enfermeiros e funcionários:

José Carlos de Mello Falcão Neto (foi diretor); Haroldo Arnold Taveira (foi diretor); França; Ernani Menchise; Pedro Jaimovich (foi diretor); Nelson dos Santos Gonçalves (ex-prefeito) Olézio Galloti (foi diretor); Luiz Barbosa (foi diretor); Augusto Pedro de Vasconcelos (foi diretor); Herberto Pereira; André Bianco; Rozuel Zaidan; Pedro Carlos Teixeira; Affonso Carlos Affonseca; Carlos Muri; Ferdinando Toledo; Antônio Carlos Ferraro de Araújo; Nalmir Santos Prado; Jairo Conde Jogaib; Sérgio Silva (foi diretor); Denir Teixeira Ferraz; José Geraldo Fonseca; Francisco de Castro; Villela; Peri Jorge Henrique; Masil Silva; Marina mena Barreto Silva; Wilson Lemos Machado; Cordeiro; Maurício Monken; Mena Barreto; Dival Silva Ramos; Jader Boechat; Walter Bürger; Edméia Vieira Lima; Armando Claro; Túlio Rezende; José Alencar Rosa; Lourival de Oliveira Nogueira; Alceu Vieira Villela; Manácio José da Silva; Maria Clara; Randolpho Santiago Fernandes; Murilo César dos Santos (foi diretor); Bergonsil de Oliveira Magalhães (enfermeira) e José Carlos Franciscone de Faria, o administrador; finalizando: Therezinha Moreira, Margarida Maria Lima, Josélia Bastos e Celina Almeida Pinto (enfermeiras). Celina era minha prima em segundo grau. 

Mais Médicos/Dentistas

Francisco de Oliveira Raimundo

Manoel Tavares Allemand

José Alencar Rosa

Ney Fernandes

Áurea Farias França

Jader Boechat

André Sarmento Bianco

José Lino Soares do Couto

Jorge Pantaleão Alves

Hyperion de Oliveira

Walmir Santos Prado

José Werneck de Freitas

Enfermeiras/os

Estella Villela

Naim Alves de Menezes 

Maria França


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